Doenças oculares: conheça as mais comuns!

Doenças oculares: conheça as mais comuns!

As doenças oculares atingem o sistema visual e acometem grande parcela da população mundial e, se não tratadas, podem causar a perda irreversível da visão.

Quer saber mais sobre essas doenças, seus sintomas e tratamentos? Continue a leitura!

Catarata

O cristalino — a lente natural dos olhos — tem como função a refração da luz e deve proporcionar uma visão clara. Com a catarata, a visão torna-se embaçada e desfocada.

A maioria dos casos de catarata está relacionada ao envelhecimento e se desenvolve gradualmente. Os sintomas mais comuns são a visão desfocada, cores amareladas, visão dupla, fotofobia (sensibilidade à luz) e visão deficiente em ambientes pouco iluminados.

Além do envelhecimento, outros fatores de risco podem incluir o histórico familiar, como: diabetes, lesões oculares e exposição excessiva ao sol.

O tratamento é cirúrgico. Trata-se de uma cirurgia que consiste na remoção e substituição do cristalino por uma lente transparente artificial,

Glaucoma

É uma das doenças oculares mais comuns e pode estar relacionada ao aumento da pressão nos olhos, que acaba lesionando o nervo óptico. A pressão é gerada por problemas na drenagem do fluido que preenche os olhos. Há dois tipos de glaucoma: de ângulo aberto, que aparece gradualmente, e de ângulo fechado, que ocorre quando a drenagem é subitamente interrompida.

Existem pacientes portadores de glaucoma que não possuem pressão ocular muito aumentada, e mesmo assim têm perda progressiva das células que compõe o nervo óptico.

Os sintomas variam. Nos casos de glaucoma de ângulo aberto, não há sinais de alerta nos estágios iniciais. À medida que a doença progride, passam a ocorrer pontos cegos na visão periférica, conhecidos por “escotomas”.

Já no caso do glaucoma de ângulo fechado, os sintomas (visão turva, náuseas, dores fortíssimas na cabeça e a presença de “arco-íris’’ na visão), geralmente, só aparecem quando ocorre o chamado ataque agudo, que deve ser tratado imediatamente.

Pessoas que fazem parte de grupos de risco possuem maiores chances de desenvolver a doença: ter mais de 40 anos, histórico familiar da doença, hipertensão ocular ou que são míopes, hipermetropes e diabéticas.

O dano do glaucoma é permanente. Porém, medicamentos (colírios que diminuem a pressão) e cirurgia ajudam a controlar a doença e evitar a progressão dos danos, na imensa maioria dos casos.

Degeneração macular relacionada à idade (DMRI)

Ocorre quando um região da retina, chamada mácula, é danificada. A mácula está localizada no centro da retina e sua função é a visualização central e de cores. 

Com a progressão da DMRI, há perda da visão central. Entre os sintomas estão: manchas no centro da visão, alteração na percepção das cores e distorção das imagens. Há dois tipos:

  • seca: é a mais comum, atingindo cerca de 80% das pessoas com a doença. Nela, ocorre o acúmulo de drusas, que, quando aumentam em concentração e quantidade, levam à atrofia da retina.
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  • úmida: ocorre a formação de novos vasos sanguíneos sob a retina, em uma estrutura chamada de coróide. Eles podem causar acúmulo de líquidos e ruptura de estruturas importantes.

Os grupos de risco da DMRI incluem: histórico familiar, pessoas com mais de 50 anos, com doenças cardíacas ou altos níveis de colesterol, com dietas ricas em gorduras saturadas, obesos e fumantes.

Infelizmente, não há muitas opções de tratamento para a forma seca. Contudo, a ingestão de alguns suplementos de vitaminas e minerais, mudança no estilo de vida e alimentação, podem atenuar a progressão da doença,

Já no caso da forma úmida, existem medicamentos — chamados antiangiogênicos —, que ajudam a reduzir o número de vasos sanguíneos e a retardar os vazamentos.

Retinopatia diabética

Atinge os portadores de diabetes e é causada por altos níveis de açúcar no sangue, que danificam os vasos sanguíneos da retina. Possui dois estágios:

  • não-proliferativa: há lesão dos vasos sanguíneos e extravasamento de sangue (hemorragias), porém sem a formação de novos vasos
  • proliferativa: é a progressão da forma não-proliferativa, onde ocorre a neovascularização (surgimento de novos vasos), causando hemorragia, descolamento de retina e até glaucoma.

A escolha do tratamento vai depender de cada caso. São exemplos: controle da diabetes, anti-inflamatórios, antiangiogênicos, fotocoagulação e vitrectomia (cirurgia de remoção do vítreo, o “gel” natural que preenche o globo ocular).

As doenças oculares devem ser sempre levadas a sério. Caso apresente um ou mais sintomas citados, não hesite e procure imediatamente um oftalmologista!

Agora que você sabe mais sobre essas doenças, confira informações sobre outro problema sério que pode afetar a visão: o descolamento de retina. Boa leitura!